quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Lembra se puder...



Sempre achei o Oswaldo Montenegro um artista insosso. Mas essa música é muito legal!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Gostoso veneno


Depois que você se foi, minha mente clareou, meus pensamentos voltaram a me pertencer.

Você foi embora. Deu as costas e saiu.

Que coisa. Meu desejo voltou manso para sua gaiola, meus olhos, de volta às órbitas.

Meu coração bate calmo, meus pulmões sorvem suaves lufadas de ar. Respiro.

Você deixou um último abraço em que pude sentir sua pulsação. E era tão bela e insidiosa!

Definitivamente, me sinto mais saudável agora, mais tranquilo. Sem você meu mundo é só meu, minhas dores são só minhas, me domino.

Que bom, que você foi embora.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Fado sim e daí?

Pode parecer lugar comum(e é!), mas é impressionante ver como é fácil gostar do que nos parece belo, mesmo que às vezes isso queira dizer nada. Lembra aquele dito popular? "Por fora, bela viola...". Pois é, o fato é que ainda sigo encantado com a figura e a voz da jovem fadista Carminho, que vai arrancando elogios de crítica e público em sua incursão pelos palcos portugueses.
Foi com uma pontada de tristeza que soube de sua visita in loco ao Rio e Foz do Iguaçu, mas isso é uma outra história.
Mas, qual a razão para que eu esteja me derramando em elogios a jovem lusitana? É que a cada dia mais percebo que boa música transcende fronteiras(outro lugar comum!).
Amanhã posso estar babando por uma cantora do Azerbaijão...
Mas vejam, vou tentar exemplificar: é como se uma cantora jovem, algo como se a Pitty ou a Sandy, revitalizassem um gênero musical brasileiro, meio combalido e lhe desse um novo fôlego, fazendo até com que os jovens do país descobrissem que o tal gênero não é uma coisa brega ou fora de moda.
Trata-se de uma lufada de ar fresco para o tradicional e meio bolorento fado. A moça tem a bênção até dos fadistas mais antigos e da "Senhora da Saúde", como diz a letra da música abaixo.
Hoje em Portugal há muitos outros artistas jovens cantando fado mas sem dúvida, a estrela mais fulgurante é, sem dúvida a Carminho.


terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Saudade


Não tem jeito.

No fim das contas, nós somos gente que sente saudade.

Né, Daíse?


A Viajante

Rubem Braga

Com franqueza, não me animo a dizer que você não vá.Eu, que sempre andei no rumo de minhas venetas, e tantas vezes troquei o sossego de uma casa pelo assanhamento triste dos ventos da vagabundagem, eu não direi que fique.

Em minhas andanças, eu quase nunca soube se estava fugindo de alguma coisa ou caçando outra. Você talvez esteja fugindo de si mesma, e a si mesma caçando; nesta brincadeira boba passamos todos, os inquietos, a maior parte da vida — e às vezes reparamos que é ela que se vai, está sempre indo, e nós (às vezes) estamos apenas quietos, vazios, parados, ficando. Assim estou eu. E não é sem melancolia que me preparo para ver você sumir na curva do rio — você que não chegou a entrar na minha vida, que não pisou na minha barranca, mas, por um instante, deu um movimento mais alegre à corrente, mais brilho às espumas e mais doçura ao murmúrio das águas. Foi um belo momento, que resultou triste, mas passou.

Apenas quero que dentro de si mesma haja, na hora de partir, uma determinação austera e suave de não esperar muito; de não pedir à viagem alegrias muito maiores que a de alguns momentos. Como este, sempre maravilhoso, em que no bojo da noite, na poltrona de um avião ou de um trem, ou no convés de um navio, a gente sente que não está deixando apenas uma cidade, mas uma parte da vida, uma pequena multidão de caras e problemas e inquietações que pareciam eternos e fatais e, de repente, somem como a nuvem que fica para trás. Esse instante de libertação é a grande recompensa do vagabundo; só mais tarde ele sente que uma pessoa é feita de muitas almas, e que várias, dele, ficaram penando na cidade abandonada. E há também instantes bons, em terra estrangeira, melhores que o das excitações e descobertas, e as súbitas visões de belezas sonhadas. São aqueles momentos mansos em que, de uma janela ou da mesa de um bar, ele vê, de repente, a cidade estranha, no palor do crepúsculo, respirar suavemente como velha amiga, e reconhece que aquele perfil de casas e chaminés já é um pouco, e docemente, coisa sua.
Mas há também, e não vale a pena esconder nem esquecer isso, aqueles momentos de solidão e de morno desespero; aquela surda saudade que não é de terra nem de gente, e é de tudo, é de um ar em que se fica mais distraído, é de um cheiro antigo de chuva na terra da infância, é de qualquer coisa esquecida e humilde - torresmo, moleque passando na bicicleta assobiando samba, goiabeira, conversa mole, peteca, qualquer bobagem. Mas então as bobagens do estrangeiro não rimam com a gente, as ruas são hostis e as casas se fecham com egoísmo, e a alegria dos outros que passam rindo e falando alto em sua língua dói no exilado como bofetadas injustas. Há o momento em que você defronta o telefone na mesa da cabeceira e não tem com quem falar, e olha a imensa lista de nomes desconhecidos com um tédio cruel.

Boa viagem, e passe bem. Minha ternura vagabunda e inútil, que se distribui por tanto lado, acompanha, pode estar certa, você.

Rio, abril de 1952.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Só deve restar um!

"Passando pelos tempos, movendo-se silenciosamente pelos séculos, conduzindo muitas vidas secretas. Lutando para alcançar o dia do Encontro, quando os poucos que sobrarão, vão lutar até o último."
Era com essas palavras ditas pela voz de Sean Connery, que se iniciava um dos mais fantásticos filmes de ação e aventura do século passado.




Um dos meus filmes preferidos: Highlander - O Guerreiro Imortal.
Me encanta a história do cara que caminha através dos séculos, lutando para manter sua "cabeça no lugar" e eternamente sentindo a dor de perder a mulher amada.
Foram produzidos quatro filmes para o cinema mas apenas o primeiro é digno de nota.
Este filme tem a presença de Christopher Lambert, no papel título e Sean Connery como seu mestre Ramirez.
Um dos filmes de ação mais legais dos anos 80. Muita ação, bons atores, um romance e trilha sonora do Queen!
Nos anos 90 foi produzida uma série de sucesso(durou seis temporadas), estrelada pelo desconhecido Adrian Paul.
Tenho ouvido histórias acerca de um remake. Será?
Afinal: There can be only one!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Esquema Dorival Caymmi


E as férias que não chegam...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Flor


Ct. 4


Baby, você está aqui

Estou feliz agora

Por ser assim,

Seu sorriso, seu estilo,

A luz que você me traz.

Por muito tempo

Estive cego

E fui o pior:

Não quis ver

Que é só você

Que me completa

Algo em você

Desperta o melhor em mim

Bons pensamentos,

Bons sentimentos,

E talvez

Algo mais

Quem sabe, mais,

Vamos ficar juntos

E viver felizes

Esquecer o passado.

Talvez possamos

Caminhar no parque,

Ouvir o som do vento

Cantando entre as árvores

E cantar junto,

Ver o dia passar

Ou ficar em silêncio

No entardecer...

As dores passaram,

Vamos recomeçar.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Que venha 2010!

Esse é para as cantantes Daíse e Cris.

Quem sabe um dia ainda façamos um som juntos?