quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo

Que esse novo ano venha e seja realmente novo!
Que Deus abençoe a todos os que visitam essas paragens!
A gente se vê em 2010!

Ah, eu estava sem nenhuma ideia e postei um vídeo com cara de ano novo...

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Óculos da poesia


Sob que lente teu olhar se transforma

E se deita triste sobre a métrica ruidosa

De teu preconceito abjeto e iletrado



Atiremos então toda inspiração

Na vala comum dos livros carcomidos

Empoeirados e débeis



Homens esquecidos de obras insípidas

Que mal chegam a aplacar a sede

Incontrolável de palavras, de poesia



Sob que óculos teus olhos repousam

Da busca vã por sentido

Nas linhas tortas escritas a esmo.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Meu jardim

Estas plagas andam meio paradas ultimamente.
Meu belo jardim precisa ser regado. Aqui não é como aí fora. Chove aí fora, chove muito. Aqui, o clima é sempre ameno, embora o jardim deva ser regado. Aí fora, se você não rega, o jardim seca. Aqui, se não rego, o jardim é esquecido. Congelado, deletado, só.
Sintam-se à vontade para caminhar e compartilhar do aroma das flores, o canto dos pássaros enfim, correr alegremente pela relva.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A minha Canção do Exílio


Escrevi este texto numa aula de literatura brasileira. Falávamos sobre a "Canção do exílio", de Gonçalves Dias e as diversas variações feitas a partir do original. Aí pensei, porque não fazer a minha versão? Pretensão, né?
Escrevi. Essa versão não trata exatamente de um exílio mas de uma saudade de um lugar que se perdeu no tempo e só existe na memória do autor.
Falo aí da cidade de Santos dos meus dias de moleque, que por vezes insiste em me assombrar com a doçura de um tempo e um lugar que não voltam mais.

Canção do Exílio 2007

Há um porto, se me lembro,
E não há como esquecer;
Vêem-se gaivotas e fragatas,
Indo rumo ao amanhecer.

Havia um céu negro-azulado,
E coqueiros ao vento amigo,
Sussurrando uma canção;
Tão doce ao pé do ouvido.

E eu que teimei em ser sozinho,
Quanto desgosto encontrei;
Com saudade da minha terra,
De amargura, chorei.

Nos jardins da meninice,
De novo quero brincar;
Ao abraço do vento amigo,
Ter para onde voltar;
E a doce canção marinha,
Eternamente a embalar.

Um dia, eu sei,
Minha canção há de findar,
Antes da nota derradeira;
Esta voz fará soar,
Seu hino de saudade,
Saudade de além do mar.
A foto acima mostra o terminal das 'catraias' que são as barquinhas que fazem o transportes de pessoas entre Santos e Vicente de Carvalho(Guarujá). Fiz essa travessia muitas e muitas vezes quando era menino. Faz muito tempo que não volto lá mas sei que as catraias ainda estão ativas, como antigamente.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Depois da chuva


Tem gente que diz que "chuva não quebra osso", mas a verdade é que, às vezes deixa cicatrizes.
Andei somando algumas ultimamente.
No entanto, como toda chuva, uma hora há de passar, não é mesmo?
Aí, liguei o rádio de manhã e estava tocando essa música:


Menino Deus
Mauro Duarte/Paulo Cesar Pinheiro

Raiou, resplandeceu, iluminou
Na barra do dia o canto do galo ecoou
A flor se abriu
A gota de orvalho brilhou
Quando a manhã surgiu
Dos dedos de nosso senhor
A paz amanheceu sobre o país
E o povo até pensou que já era feliz
Mas foi porque pra tudo mundo pareceu
Que o Menino Deus nasceu

A tristeza se abraçou com a felicidade
Entoando cantos de alegria e liberdade
Parecia um carnaval no meio da cidade
Que me deu vontade de cantar pro meu amor


Raiou, resplandeceu, iluminou
Na barra do dia o canto do galo ecoou
A flor se abriu
A gota de orvalho brilhou
Quando a manhã surgiu
Nos dedos de nosso senhor
A paz amanheceu sobre o país
E o povo até pensou que já era feliz
Mas foi porque pra tudo mundo pareceu
Que o Menino Deus nasceu

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Mas só chove, chove.


Estive xeretando no blog da minha amiga Daíse e vi que, em algum ponto, ela começou a fazer uma retrospectiva. Tenho uma memória péssima pra essas coisas mas se fosse pra fazer no modelo que ela propôs ali(mês a mês), uma coisa eu diria com certeza: o mês de novembro foi de crueldade sem par.
Evidente que estou sendo egoísta com essa afirmação. Estou olhando para meu próprio umbigo. Mas, é isso, este é meu blog, minhas regras! Simples assim!
Novembro foi o mês em que minha casa quase se tornou a filial do reino da Atlântida, minha família ficou muito mais pobre - demos adeus à Helena e ao André - e bem mais triste. Fomos afligidos por tempestades e terremotos e coisas que simplesmente fugiram a nosso controle.
Pensando bem, será que um dia chegamos a ter controle sobre o quer que fosse?
Será que tivemos a pretensão e a arrogância de achar que éramos senhores e donos de nossos destinos?
Esse post tá ficando sério demais...
Mas, francamente, qual de nós já não se equivocou dessa forma? Quem já não pensou: "Eu sou dono e senhor dos meus atos, eu faço meu destino!" Tristeza.
Só sei que tem chovido todos os dias. Cinza em cima de cinza.
Este recanto era pra ser um refúgio, meu quintal ensolarado nos fins de tarde. Mas não. Descobri que não posso evitar que aqui chova também.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Eu tive fora uns dias...


Correrias, obrigações com a faculdade, gatos invasores, crateras teimosas e outras bizarrices me impediram de estar aqui. Acho que logo voltarei às minha atividades blogueiras.
Por enquanto, aí vai o tema...


UNS DIAS
Paralamas do Sucesso

O expresso do oriente
Rasga a noite, passa rente
E leva tanta gente
Que eu até perdi a conta
Eu nem te contei uma novidade, quente
Eu nem te contei
Eu tive fora uns dias
Numa onda diferente
E provei tantas frutas
Que te deixariam tonta
Eu nem te falei
Da vertigem que se sente
Eu nem te falei
Que eu te procurei
Pra me confessar
Eu chorava de amor
E não porque sofria
Mas você chegou já era dia
E não estava sozinha
Eu tive fora uns dias
Eu te odiei uns dias
Eu quis te matar

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Dizem que sou louco...


Comentário perdido no tempo de um amigo:

"Sonhei que eu era um cigarro aceso!"


terça-feira, 24 de novembro de 2009

Redondo Vocábulo


Ainda na minha peregrinação pelas paragens da música portuguesa, eis a letra do poema musicado e magistralmente cantado por Cristina Branco no álbum 'Ulisses'. Aqui

Redondo Vocábulo
(Zeca Afonso)

Era um redondo vocábulo
Uma soma agreste
Revelavam-se ondas
Em maninhos dedos
Polpas seus cabelos
Resíduos de lar,
Pelos degraus de Laura
A tinta caía
No móvel vazio,
Congregando farpas
Chamando o telefone
Matando baratas
A fúria crescia
Clamando vingança,
Nos degraus de Laura
No quarto das danças
Na rua os meninos
Brincando e Laura
Na sala de espera
Inda o ar educa

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ouro em pó.


Vídeo com a música "Ouro em pó" de Marcelo Bonfá e Fernanda Takai, ele baterista do finado e quase ressurreto Legião Urbana e ela, a voz do Pato Fu.
Essa música foi gravada pelo Marcelo no quase ignorado disco "Barco além do sol" de 2000.
Ele tem uma voz limitada mas a música é bem bonita. Aqui.

Headphones!


Sempre gostei de ouvir música. Ultimamente, aqui na biblioteca, tenho muita coisa no mp3 para os momentos que antecedem o horário de funcionamento.
Enquanto dou uma ajeitada na seção de história da arte, ouço coisas muito variadas e totalmente díspares como Raimundos e Diante do Trono!
Percebo agora como é agradável trabalhar com música! É sempre calmante e inspirador. Pena que, por estar numa biblioteca, não podemos ter uma musiquinha o dia todo.
Imaginem vocês que dia desses, achei na net uma coletânea do Agostinho dos Santos, na minha opinião, o equivalente brasileiro do grande Johnny Mathis(coisas do tempo de papai mas muito boas).
Numa outra vez, ouvia o cd da trilha sonora do seriado "House", aquele do médico maluco e genial.
Tinha coisas muito legais como Elvis Costello, Massive Attack, Joe Cocker, entre outros. Tem coisas que acho que só eu mesmo gosto e misturo: Bjork, Carminho, Imogen Heap, Cristina Branco, a Clara Nunes cantando "Sagarana", Racionais, Shonen Knife(banda feminina de punk rock japonês muito boa!).
Ouvir música, é (perdoem-me o chavão) viajar sem sair do lugar. Só pelos meus headphones posso estar na Califórnia, em Tóquio, Lisboa, Reykjavik ou até mesmo, num barzinho em Joaquim Egídio, numa igreja em São Paulo, em Barbacena ou no Capão Redondo. Posso afirmar que é uma experiência muito gostosa e estimulante.
De vez em quando, vou caminhando de volta do trabalho pra casa e acabo indo parar no Morro da Mangueira ou até em Oslo, em pleno inverno! Outro dia estive na Bulgária e no Mato Grosso no mesmo dia!
É sempre um prazeroso caminhar por lugares novos e interessantes acompanhado de boa música. Recomendo!

Tenho aqui um vídeo de um cara que ouço sempre. Vander Lee, um mineiro "bão dimais da conta".

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Morreu Lena Marrom


Lena Marrom era uma dessas ‘big mamas’ que a gente vê naqueles filmes americanos onde só aparecem negros atuando, sabe? Uma daquelas mulheres que já beiram os sessenta anos, que tem aquela simpatia e o poder de aglutinar a família em torno dela.
Lena era uma dessas pessoas que, quando se vai, acaba fazendo com que aquele grupo familiar se disperse por um tempo. As pessoas ficam meio sem ter razão para se reunir.
Toda gente ao se referir a ela, fala de seu sorriso largo, sua alegria, seu jeito de corpo, sempre balançando ao andar, sua habilidade na cozinha...
Ela se foi e deixou inconsoláveis o Betão Mancha, seu marido e suas duas filhas.
Lembro-me que, a uns vinte e poucos anos, talvez mais, Betão havia saído de um relacionamento tumultuado e andava por aí, errando e errando, meio sem rumo mas decidido a mudar de vida. Numa dessas idas e vindas conheceu a Lena. Mulher de personalidade cativante e gênio forte que não tardou a conquistar o negão. O apelido, dado pelo Betão, brincava com o refrão de uma música dos Fat Boys, um grupo de rap que fazia sucesso naqueles dias. Daí ao casamento foi um pulo.
Pois é, o fato é que, dias atrás, depois de tanto tempo de união, Lena saiu de cena. Seu alegre coração calou-se definitivamente e a nossa vida ficou mais vazia..
Mas a história não para por aqui. Vocês não imaginam o que foram o velório e enterro da Lena Marrom. Uma pessoa como a Lena nunca sai à francesa, sem se deixar notar.
Pessoas que não se viam a muito, parentes que estavam distantes e se encontraram novamente, renovaram laços quase esquecidos.
Um pastor não se continha de alegria por saber que uma filha retornou aos braços do pai de todos nós, uma tia que liderou um daqueles cânticos antigos e dolentes, que chegam a doer de tão bonitos e até um enteado deixando um compungido agradecimento.
Sinceramente, acho que, tirando uns malucos por aí, ninguém gosta de ir a velórios. O ambiente normalmente é pesado, as pessoas estão sempre arrasadas e inconsoláveis. Cemitério é cemitério.
Mas, vejam vocês, o dia estava ensolarado, flores por toda parte, o céu, de um azul raro, havia pessoas cantando e sorrindo com lágrimas nos olhos. Até a própria Lena Marrom parecia ter um leve sorriso enquanto partia para a eterna vida.
Esse clima leve e ameno perdurou pelo resto do dia na casa do Betão onde todos, mais uma vez se reuniram com amor e alegria, como sempre faziam, dessa vez em torno da memória da querida Lena Marrom.

Com carinho para minha prima Lucia Helena, a Lena Marrom.
http://www.youtube.com/watch?v=TSYMKUtNuw8&feature=related

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Nhaca 2


Caiu a tempestade do ano e minha casa sem telhado...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Acho que a gente é que é feliz


Acabo de assistir pela enésima vez o dvd "Nos horizontes do mundo" da Leila Pinheiro. É um show gravado ao vivo no Sesc Pinheiros, em São Paulo, em 2006. Não canso de assistir e descobrir novos detalhes!
Leila Pinheiro é uma das cantoras mais competentes, precisas e criativas que já deram as caras no Brasil. Ela não faz muito alarde mas ddesempenha seu ofício com maestria.
Neste dvd há diversas músicas fantásticas mas tem uma que mexe comigo sobremaneira: "Catavento e girassol"(de Aldir Blanc e Guinga). Essa música me evoca lembranças que julgava perdidas no passado. Fala de duas pessoas que são absurdamente diferentes mas ainda assim, não conseguem viver uma sem a outra.
Belíssima! Na interpretação da Leila Pinheiro então, nem se fala. Coloquei um link pra quem quiser ver/ouvir/conhecer:http://www.youtube.com/watch?v=_ShiqGQp8hQ
O que é muito legal também, é que nos extras, há um clip de uma música que eu não conhecia: "Hoje", uma parceria de Leila e Renato Russo. Dá pra identificar com clareza a "assinatura" do líder da Legião Urbana. A música é ao mesmo tempo bela e singela. Irretocável.
Nessa música há uma frase que fica martelando o tempo todo:
"...acho que a gente é que é feliz...". Não sei porque, ela me lembra demais a Gorete. Talvez diga isso a ela qualquer dia...http://www.youtube.com/watch?v=X0Dm9DDAonQ


segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Nhaca...


Chove.
Chove sem parar. Calor. Umidade por todos os lados. Casa em obras.
Vejam vocês...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Gente fina, elegante e sincera


Cris Linardi! Guardem esse nome!
Não me canso de visitar e surpreender-me com os escritos dessa moça. Trata-se de alguém com um excelente humor, muita inteligência e, como se não bastasse, ainda é uma belíssima cantora!
Palavras sempre interessantes postadas por gente interessante.
Como ela mesma diz: "...São ecos de uma alma inquieta!"
Bendita inquietude!
Vale a pena dar várias olhadas!
Já falei aqui de Tais, Daíse e agora, Cris. O que elas tem em comum? Além do talento, beleza e inteligência?
Será que é aquela "gente fina, elegante e sincera" que o Lulu falou? Com certeza!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Aprendiz de fadista

Fado Regresso

Não tema a força do rio,
Em seu poderoso correr,
Rugindo em desafio,
Sem nada e ninguém temer,

Ai, que não mais me iludo,
Com sua canção feroz,
Cantando defronte aos muros,
De nossa cidade audaz,

Venha comigo donzela,
De sutil caminhar,
Em companhia tão bela,
Me porei a versejar,

Da casa de Gedaías,
Ao solar dos Avona,
Nas ruas, muitas Marias,
Nunca esqueço o aroma!

Que bela, tão linda estância,
Tão gloriosa a brilhar,
Das flores traz a fragrância,
Quero pra lá regressar,

Porque cidade o teu rio,
Teu alicerce margeia,
Em regato frio
Amores vãos se granjeia,

A retina não deixa,
Tua natureza sem par,
Então de uma outra feita,
Pra ti eu quero voltar!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Música para sentir


Quem me conhece sabe que sou fã de carteirinha da Bjork. Gosto muito da coisas que ela canta e sobretudo de sua criatividade. Ela se distingue entre a multidão de música eletronica sem identidade. Qual não foi minha surpresa quando ouvi pela primeira vez a canção "Gollum's Song", no final do filme "Senhor dos Anéis - As Duas Torres"?

Era uma bela canção cantada no estilo da Bjork, com a voz da Bjork e NÃO era a Bjork!

Fiquei até o final dos créditos para ver o nome da cantora e lá estava: Emiliana Torrini!
Pois é, fiquei muito curioso em saber de onde saiu essa artista, se era ou não mais um caso de "genérico". O engraçado é que, pesquisando, descobri que essa cantora, apesar de ser nascida no mesmo país que a Bjork e de ter um trimbre parecido não a torna um clone. Muito pelo contrário. Trata-se de uma cantora com uma sólida carreira, não apenas dentro de seu país(a minúscula Islândia), mas também em vários lugares da Europa, já com pelo menos, seis discos gravados.

Seu som não se presta a rótulos, é apenas inspirado e delicado, alegre e pulsante. Ouvi o cd "Fisherman's Woman", de 2005 e gostei demais!

Há também seu cd mais recente chamado "Me and Armini". Não ouvi mas li boas críticas.
Essa é mais uma artista, pouco ou nada conhecida no Brasil mas que vale a pena conhecer. Música de primeira. Para aguçar os sentidos.














Lógica de criança...


Só criança mesmo...
Um priminho para o outro:

"Minha vó é a Rosa!"

Resposta:

"Meu vô é preto!"
O carinha aí de cima foi o protagonista.
E o avô preto em questão era eu...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Meio Quilo


Hoje acordei com uma baita saudade da minha priminha do coração, a "Meio Quilo".
Esse foi o apelido carinhoso que colocamos na Catarina por conta dela ter sido o menor bebê que já havia dado as caras na família!
Ela nasceu aos seis meses de gestação e era coisa mais bonita e miúda que eu já vi.
Sabe, eu vivo num meio em que as pessoas tem a dificuldade(diria até, limitação) de acreditar em Deus. Muitas questionam a existência do Paizão lá de cima e até fazem até pouco caso dizendo que isso é coisa de gente ignorante. Tá bom...
Essa menina, a Catarina, é sem sombra de dúvida, uma prova cabal da existência de Deus. Na verdade, ela foi um presente dos céus pra gente aqui do vil pó. As pessoas se impressionavam e faziam aquela cara: "Será que vai vingar?" Aí o milagre se impôs!
A primeira vez que a vi, essa criança não era muito maior que uma Barbie. Por outro lado, nunca havia visto bebê ativo, esperto e cheio de vida! Fui definitivamente fisgado!
Contrariando tudo que se acreditava até então, esse bebê cresceu, tão forte e bonita e se tornou uma jovem mulher, uma serva de Deus que, a cada sorriso me enche os olhos de lágrimas e me faz perceber que, quem sorriu na foto foi uma belíssima obra do Altíssimo!
Hoje resolvi escrever sobre a minha eterna "Meio Quilo", movido pela saudade, imposta pela distância e pelo nosso dia-a-dia atribulado.
Resolvi falar de uma pessoa especial, que veio a este mundo como prova de que Deus não só existe, como nos ama profundamente. E que, nós filhos ingratos, por vezes não nos damos conta dos pequenos milagres que passam pela nossa vida.








terça-feira, 20 de outubro de 2009

41...contrariando as estatísticas!



Dia desses, comentávamos em sala sobre o rap nacional que, assim como outros gêneros musicais, traz coisas boas e outras nem tanto. Falamos sobre o Mano Brown, líder dos Racionais MC's e suas letras contundentes.

Chegamos a conclusão que o cara é muito bom mesmo. Trata-se de um letrista, um cronista do mais alto gabarito. Não discuto aqui as opiniões do artista acerca disso ou daquilo e sim a sua competência para nos brindar com o que há de mais poderoso em termos de ritmo e poesia.
Sempre gostei do rap brasileiro(acho o americano um lixo!). E, embora os nossos rappers tenham sua inspiração no modelo americano, eles seguiram um caminho próprio e alguns dignos de nota. De uns tempos pra cá, a bandidagem nas letras tem dado lugar a temáticas mais comuns a gente como você e eu que nunca se meteu com o crime ou sequer apertou um baseado!
E caras como Mano Brown, Thaíde e MVBill, tem grande dose de participação nessa mudança. Os manos colocaram as periferias no mapa, não só pelas mazelas que todos nós conhecemos mas sim pelo viés do cotidiano do povo sofrido e trabalhador que rala muito pra levar a vida.

Pra pessoas que, como eu, sempre morou em periferias, é muito legal se reconhecer no trabalho de artistas como esses.
Gente que também faz coisas legais: Relatos da invasão, GOG, DBS e a quadrilha.


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Catando milho...




Depois de uns dias sem aparecer por conta de um pequeno acidente de trabalho, volto a carga, agora digitando com os indicadores.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Coisa da antiga...

Tem gente que diz que o passado deve ficar no passado. Acho que é verdade, o que passou, passou.

Por outro lado, como podemos ter exata noção de quem ou o que somos se esqueçemos o que contribuiu para que chegássemos ao que chegamos? Para o bem ou para o mal.

Cá pra nós: todo mundo em algum momento esqueçe! Fica tudo recortado como se fosse um "melhores momentos", que nem sempre são os melhores.

Tem lembranças que a gente guarda pra sempre, como se fosse uma daquelas fotos antigas ou uma cicatriz daquele tombo da bicicleta.
Eu via a Clara Nunes na televisão cantando esse samba e imaginava a cena. Era tudo tão familiar! Minha avó materna foi lavadeira e, assim como diz o samba, lavava roupa numa tina em beira de rio, soprou muita brasa em ferro de passar.
O tempo passou, ela trocou a tina e o rio pelo tanque e, depois de muitos anos de atividade, trocou a vida de lavadeira pelos verdes campos e riachos onde ninguém mais precisa lavar roupas em suas margens ou soprar brasas em ferro de passar.
Hoje ela mora num lugar onde todas as vestes são brancas e não há mais roupa suja pra lavar. Todas as beiras de riacho são apenas para que se contemple as águas cristalinas e se refrescar sob o sol que nunca se põe.


Coisa da Antiga

Wilson Moreira/Nei Lopes

Na tina, vovó lavou, vovó lavou
A roupa que mamãe vestiu quando foi batizada
E mamãe quando era menina teve que passar, teve que passar
Muita fumaça e calor no ferro de engomar

Hoje mamãe me falou de vovó só de vovó
Disse que no tempo dela era bem melhor
Mesmo agachada na tina e soprando no ferro de carvão
Tinha-se mais amizade e mais consideração
Disse que naquele tempo a palavra de um mero cidadão
Valia mais que hoje em dia uma nota de milhão

Disse afinal que o que é de verdade
Ninguém mais hoje liga
Isso é coisa da antiga, ai na tina...

Hoje o olhar de mamãe marejou só marejou
Quando se lembrou do velho, o meu bisavô
Disse que ele foi escravo mas não se entregou à escravidão
Sempre vivia fugindo e arrumando confusão
Disse pra mim que essa história do meu bisavô, negro fujão
Devia servir de exemplo a "esses nego pai João"

Disse afinal que o que é de verdade
Ninguém mais hoje liga
Isso é coisa da antiga
Oi na tina...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Sobre a vida, tesouras e desejos.


Esse texto já tem alguns anos. Gostei bastante de tê-lo escrito.

Essa é uma das bricadeiras com as palavras que já citei neste blog. Mais uma vez aqui, tenho a inspiração trazida pela música. Na época, eu ouvia muito o disco "Sete Desejos"(1991) de Alceu Valença.

Há várias músicas que, ainda hoje me agradam bastante: "La Belle de Jour", "Tesoura do Desejo", "Junho" e "Sete Desejos".


Sobre a vida (seja lá o que isso signifique)

Eis aí tudo que aflige,
Tudo que me ampara,
Tesoura que apara desejos,
De solidão, de estar,
De nós, talvez,

Quem sabe o que há por trás
Das horas em suspenso,
Noites sem fim,
Fechando goteiras
Em meu telhado de vidro,

Pequenas gotas de ilusões
Perdidas no tempo
De lembranças inomináveis,
De dores escondidas
E deixadas para trás,

Tornaram-se vazias
Sorvidas, gota a gota
Sem, no entanto, saciar
A sede dos séculos
Que agora me seca a garganta.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Brigadão, Deus!


Só tenho que agradeçer mesmo...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Casa de Vó




A cabeça da gente tem cada uma...

Hoje pela manhã, achei de querer uma xícara de chá preto. Nada sofisticado, só um chá de saquinho daquele da caixinha vermelha.

Assim que o primeiro vaporzinho subiu, resultado do contato da água quente com o chá, fui envolvido por aquele aroma característico e minha mente viajou.

Viajou até uma época perdida num passado distante, num lugar onde não havia metrô pra chegar, celular ou GPS pra te achar na multidão. Tudo era longe, todas as árvores eram imensas. Todos os adultos eram tão altos!
Me vi entrando numa casa com terraço na frente, chão com aquelas lajotas caprichosamente enceradas com cera vermelha e um quintal imenso, onde dava pra ver um poço, daqueles que tem uma corda presa num balde e uma manivela para içá-lo. Um galinheiro enorme com galinhas, pintinhos, patos, marrecos, um peru e até uma modorrenta tartaruga. Lá no meio, uma grande jaboticabeira com grossos galhos e recoberta pelas indefectíveis bolinhas pretas.

Do lado de fora da casa, havia uma grande mesa, com várias cadeiras onde eu só podia me sentar com ajuda de uma almofada(não alcançava a mesa!).

Depois de sentado em cima de minha já cativa almofada e tentar inutilmente alcançar a lata de biscoitos repleta de "bolacha maria", olhei para trás, para dentro da cozinha e vi a razão dessa viagem ao passado.

Reconheci logo de cara aquela silhueta pequena, com um avental de pano amarrado na cintura, lenço na cabeça de onde escapavam alguns cabelos brancos e um par de óculos de aro grosso. O rosto mulato e envelhecido me sorria de uma maneira que eu só me lembrava dos sonhos ou de velhas fotos em preto e branco.

Vejam vocês, eu estava de volta à casa da Dona Lourdes!

Naquele momento, toda minha segurança acadêmica e cinismo acumulado pelos anos escorreram ralo abaixo. Voltei a ser aquele moleque magricela que não via a hora das férias chegarem para, mais uma vez estar lá e desfrutar das sensações, do cheiro do chá preto e principalmente do abraço daquele ser amado que partiu desta para uma casa com terraço bem maior e mais confortável a mais de vinte anos.

Bebi um último gole do meu chá, e mais uma vez me vi diante da tela do computador.

Vejo cursor piscando e procuro uma forma para terminar esse texto, pensando que houve um tempo em que era feliz e fim. Mas acabo me consolando, tendo a certeza que, na próxima xícara de chá preto voltarei para o abraço calmo e carinhoso de Dona Lourdes.

A cabeça da gente tem cada uma...




terça-feira, 6 de outubro de 2009

Nestas mal traçadas linhas.


Sempre gostei de escrever. Ao contrário de muitas pessoas que são influenciados por esse ou aquele escritor, o que me inspira de verdade é música, todo tipo de música.
Gosto de brincar com as palavras e, sempre que possível, ampliar meu vocabulário.
Entrei nessa de escrever poesia por pura diversão, sem compromisso mesmo. Vira e mexe, escrevo alguma coisa de que realmente gosto.
Essa eu escrevi tem alguns anos, numa época em que ouvia muito rock inglês, Legião Urbana, coisas assim.


Lamentador

cobre-me o sol
pois se a terra leve fosse
em cárcere não manteria
nem a vida terminaria
em ledo engano
ano após ano
perdido entre raízes
e pleno de cicatrizes da consciência,
vizinha da loucura
a quem o céu almeja
mas a escuridão impede
que veja luz tenebrosa e inerte
é tudo que tenho/terei
em conta gotas
de vinho barato avinagrado
espera, pobre e acordado
do começo ao fim
lento e inexorável
quer-me pouco e cedo
quente e só
livre de amarras
cego de palavras
jogadas ao vento
no vão querer
que um dia chegue
seu calor desfrutar
do sol que cobre-me
cobra-me a luz
que não tenho mais.

Entrego ao vento os meus ais...


Algumas pessoas me perguntam qual inspiração para o nome deste blog.
Pois bem, mais uma vez minha paixão pela música portuguesa me influencia. O nome "Estrelas da Tarde" saiu da letra de uma belíssima canção gravada pela não menos bela Cristina Branco, cantora portuguesa de raro talento.
Se alguém se interessar, esta música está no cd "Ulisses", de 2005, já lançado no Brasil.

Abaixo, posto a letra da música:


Sete Pedaços de Vento

Jose Luis Gordo & Custodio Castelo

entrego ao vento os meus ais
onde o desejo se mata
sete desejos carnais
que o meu desejo desata
meus lábios estrelas da tarde
sete crescentes de lua
que o desejo nao me guarde
na vontade de ser tua
quero ser. eu sou assim.
sete pedaços de vento
sete rosas num jardim
num jardim que eu própria invento
sete ares de nostalgia
sete perfumes diversos
nos cristais da fantasia
amante de amores dispersos
sete gritos por gritar
sete silencios viver
sete luas por brilhar
e um céu para acontecer
entrego ao vento os meus ais
onde o desejo se mata
sete desejos carnais
que o meu desejo desata
meus lábios estrelas da tarde
sete crescentes de lua
que o desejo nao me guarde
na vontade de ser tua.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Espícula de rodinha!


É o blog da minha amiga cantante Daíse, a poderosa!

Lá tem de tudo: música, poesia, reflexões.

E então, quando teremos um "tostão"de sua voz, Daíse?

Tais Reganelli - Antes que a canção acabe


Quem me conhece sabe da minha preferência por boas cantoras. Gosto de música de modo geral mas sempre presto atenção nas vozes femininas.

Eis que, anos atrás, numa noite muito agradável em companhia de Frô, Ducho e Vivi, pudemos conferir, num restaurante no distrito de Souzas, a voz e a fina estampa de uma jovem cantora que está fadada ao sucesso:Tais Reganelli.


Trata-se de uma excelente artista que, a esta altura já está com seu segundo cd(primeiro solo) "Antes que a canção acabe" nas lojas. Ela pode não ser muito conhecida do grande público, principalmente entre a profusão de cantoras que pipocam por aí mas isso é apenas uma questão de tempo!

Ah, este fado...


Ando encantado com a tradicional música portuguesa. Descobri por estes dias uma cantora com nome de personagem de história infantil, que anda fazendo o maior sucesso lá na Terrinha.

Quem puder e quiser, visite o site:




Você pode me ouvir?

Você pode me ouvir?
Você pode me ouvir?
Você está aí?
Queria saber se você me entende,
Estou segurando sua mão...
Que importa agora a cor do seu cabelo?
Volte pra nós, pros que te amam,
Apenas volte, segure minha mão,
Queria poder dizer que essas coisas
Só acontecem com os outros,
Que o azar é sempre deles,
Não sabemos o que dizer,
Em momentos assim,
Queria dizer que ainda vamos nos sentar
Em algum lugar tranquilo
E rir de tudo isso
Dizer que fomos abençoados pela sorte,
Voltar ao início de tudo e
Evitar a dor de não saber,
O caminho de volta
Você está aí, fique conosco,
Fique mais um pouco,
Ainda é cedo, tão cedo, não vá,
Acho que cada dia é uma vitória,
Numa luta contra nós mesmos
E você sabe disso,
Não importa o que digam,
Você PODE me ouvir!
Se é assim,
Acho que a gente é feliz...

Esse texto foi escrito por carinho a alguém que por muito pouco não nos deixou. Que voltou da escuridão para os braços de quem a ama.
No momento em que foi escrito, ainda não tínhamos a exata certeza, tínhamos entretanto, a esperança.

Este é meu Pai

Meu pai me conhece profundamente,
E me chama pelo nome,
E tem um amor sem fim!
É ele que pincela cada pôr de sol,
Tempera as águas do mar,
Que sopra o vento por entre as árvores
Meu pai foi quem desenhou cada linha de minha face,
Tão cheio de amor, que aconchega o coração,
E me traz lágrimas aos olhos,
Um sorriso aos lábios,
E uma prece em louvor!
Meu pai, é aquele que me nomeia filho,
Mesmo que eu não mereça,
Escreve cada minuto de minha vida,
Esquadrinha amorosamente minha alma,
Enternece meu rude espírito,
Este é meu Pai, o Senhor dos versos,
Contidos em meu coração,
O poeta da vida, autor das histórias,
O que é para sempre e sempre há de ser,
Este é meu Pai.


Barbosa do Carmo

Cara de Paisagem

Quando a saída é fazer cara de paisagem...

"Moço, acabei de ver no sistema que o livro que quero aparece como extraviado, onde ele pode estar?"

Doce Revolução

Este é um texto escrito pelo Pastor Caio Fábio. Inspirador.

UM CONVITE À DOCE REVOLUÇÃO – O Reino é simples!

Artigo 1 – Fica decretado que agora não há mais nenhuma condenação para quem está em Jesus, pois, o Espírito da Vida em Cristo, livra o homem de toda culpa para sempre.

Artigo 2 – Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive os Sábados e Domingos, carregam consigo o amanhecer do Dia Chamado Hoje, por isso qualquer homem terá sempre mais valor que as obrigações de qualquer religião.

Artigo 3 – Fica decretado que a partir deste momento haverá videiras, e que seus vinhos podem ser bebidos; olivais, e que com seus azeites todos podem ser ungidos; mangueiras e mangas de todos os tipos, e que com elas todo homem pode se lambuzar.Parágrafo do Momento: Todas as flores serão de esperança; pois que todas as cores, inclusive o preto, serão cores de esperança ante o olhar de quem souber apreciar. Nenhuma cor simbolizará mais o bem ou o mal, mas apenas seu próprio tom, pois, o que daí passar estará sempre no olhar de quem vê.

Artigo 4 – Fica decretado que o homem não julgará mais o homem, e que cada um respeitará seu próximo como o Rio Negro respeita suas diferenças com o Solimões, visto que com ele se encontra para correrem juntos o mesmo curso até o encontro com o Mar.Parágrafo que nada pára: O homem dará liberdade ao homem assim como a águia dá liberdade para seu filhote voar.

Artigo 5 – Fica decretado que os homens estão livres e que nunca mais nenhum homem será diferente de outro homem por causa de qualquer Causa. Todas as mordaças serão transformadas em ataduras para que sejam curadas as feridas provocadas pela tirania do silencio. A alegria do homem será o prazer de ser quem é para Aquele que o fez, e para todo aquele que encontre em seu caminhar.

Artigo 6 – Fica ordenado, por mais tempo que o tempo possa medir, que todos os povos da Terra serão um só povo, e que todos trarão as oferendas da Gratidão para a Praça da Nova Jerusalém.

Artigo 7 – Pelas virtudes da Cruz fica estabelecido que mesmo o mais injusto dos homens que se arrependa de seus maus caminhos, terá acesso à Arvore da Vida, por suas folhas será curado, e dela se alimentará por toda a eternidade.

Artigo 8 – Está decretado que pela força da Ressurreição nunca mais nenhum homem apresentará a Deus a culpa de outro homem, rogando com ódio as bênçãos da maldição. Pois todo escrito de dívidas que havia contra o homem foi rasgado, e assustados para sempre ficaram os acusadores da maldade.Parágrafo único: Cada um aprenderá a cuidar em paz de seu próprio coração.

Artigo 9 – Fica permanentemente esclarecido, com a Luz do Sol da Justiça, que somente Deus sabe o que se passa na alma de um homem. Portanto, cada consciência saiba de si mesma diante de Deus, pois para sempre todas as coisas são lícitas, e a sabedoria será sempre saber o que convém.

Artigo 10 – Fica avisado ao mundo que os únicos trajes que vestem bem o homem diante de Deus não são feitos com pano, mas com Sangue; e que os que se vestem com as Roupas do Sangue estão cobertos mesmo quando andam nus.Parágrafo certo: A única nudez que será castigada será a da presunção daquele que se pensa por si mesmo vestido.

Artigo 11 – Fica para sempre discernido como verdade que nada é belo sem amor, e que o olhar de quem não ama jamais enxergará qualquer beleza em nenhum lugar, nem mesmo no Paraíso ou no fundo do Mar.

Artigo 12 – Está permanentemente decretado o convívio entre todos os seres, por isso, nada é feio, nem mesmo fazer amizades com gorilas ou chamar de minha amiga a sucuri dos igapós. Até a “comigo ninguém pode” está liberta para ser somente a bela planta que é.Parágrafo da vida: Uma única coisa está para sempre proibida: tentar ser quem não se é.

Artigo 13 – Fica ordenado que nunca mais se oferecerá nenhuma Graça em troca de nada, e que o dinheiro perderá qualquer importância nos cultos do homem. Os gasofilácios se transformarão em baús de boas recordações; e todo dinheiro em circulação será passado com tanta leveza e bondade que a mão esquerda não ficará sabendo o que a direita fez com ele.

Artigo 14 – Fica estabelecido que todo aquele que mentir em nome de Deus vomitará suas próprias mentiras, e delas se alimentará como o camelo, até que decida apenas glorificar a Deus com a verdade do coração.

Artigo 15 – Nunca mais ninguém usará a frase “Deus pensa”, pois, de uma vez e para sempre, está estabelecido que o homem não sabe o que Deus pensa.

Artigo 16 – Estabelecido está que a Palavra de Deus não pode ser nem comprada e nem vendida, pois cada um aprenderá que a Palavra é livre como o Vento e poderosa como o Mar.

Artigo 17 – Permite-se para sempre que onde quer que dois ou três invoquem o Nome em harmonia, nesse lugar nasça uma Catedral, mesmo que esteja coberta pelas folhas de um bananal.

Artigo 18 – Fica proibido o uso do Nome de Jesus por qualquer homem que o faça para exercer poder sobre seu próximo; e que melhor que a insinceridade é o silencio. Daqui para frente nenhum homem dirá “o Senhor me falou para dizer isto a ti”, pois, Deus mesmo falará à consciência de cada um. Todos os homens e mulheres que crêem serão iguais, e ninguém jamais demandará do próximo submissão, mas apenas reconhecerá o seu direito de livremente ser e amar.

Artigo 19 – Fica permitido o delírio dos profetas e todas as utopias estão agora instituídas como a mais pura realidade.

Artigo 20 – Amém!

Caio e tantos quantos creiam que uma revolução não precisa ser sem poesia. -----------------------------------Amados, “nossa tentativa é de experimentar, provar e viver o eterno Vinho Novo em Odres Novos! Isso porque existem muitos Odres Antigos, que são só odres, são só ‘containers’, eles não fazem parte do conteúdo do Evangelho.

O Evangelho é o Vinho, o resto é apenas, generacional, tem a ver com o tempo, com a hora, com a ocasião. Só que nós, cristãos, acabamos institucionalizando o Odre, e o Odre ganhou uma importância tão grande, que a gente briga, mata e morre pelo Odre, mas não tem ninguém interessado com a qualidade do Vinho! E se é assim, nós não estamos aqui para repetir os modelos de Odres que existem, mas estamos pedindo a Deus que não nos falte o conteúdo do Vinho Novo do Evangelho para pacificar o coração de cada um, em nome de Jesus.”

Agora é com todo aquele que crê!

Não adianta brigar contra a Potestade da Religião. Ela se alimenta da briga contra ela. Sim! O ódio a alimenta e a rejeição a fortalece em seus ódios. Assim, é deixá-la! Pois, a única coisa que pode ajudá-la é justamente o ser deixada só.

Quem ama o Senhor, que ame os irmãos; e que não fique reclamando da “igreja”, nem perdendo tempo com ela e sua brigas sem fim, mas, dedique-se a pastorear as ovelhas e cordeiros de Jesus, conforme Ele disse a Pedro que fizesse.

Sim! Quem ama o Senhor e Sua Palavra, reúna os parentes e amigos e comece a adorar a Deus com eles, estudando e crendo na Palavra, orando uns pelos outros, não se intrometendo nas vidas uns dos outros, mas também não permitindo abusos de uns para com os outros, posto que o Caminho é de Graça, Amor e Perdão; e não a espinhenta vereda da disputa, da supremacia e do abuso; posto que a Graça jamais será a Graxa dos descomprometidos.

Se alguém ouvir e crer; e levantar-se para a Vida em nome de Jesus, esse é membro da Doce Revolução.

Ora, só não vê quem não quer. Pois a Figueira está dando todos os sinais de que o Verão está às portas.

Nele, que nos chama a nada que não transforme segundo o Evangelho.

Em amor.

Chegando agora

Escrevo este texto diante de um balcão onde estacionam pessoas de todos os tipos. Todo tipo de neurose, mania, virtude ou estupidez aportam sob minhas barbas.
Este é um recanto onde me refugio das mazelas que se descortinam e pulam em meu peito.
É só chegar...