quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Dizem que sou louco...


Comentário perdido no tempo de um amigo:

"Sonhei que eu era um cigarro aceso!"


terça-feira, 24 de novembro de 2009

Redondo Vocábulo


Ainda na minha peregrinação pelas paragens da música portuguesa, eis a letra do poema musicado e magistralmente cantado por Cristina Branco no álbum 'Ulisses'. Aqui

Redondo Vocábulo
(Zeca Afonso)

Era um redondo vocábulo
Uma soma agreste
Revelavam-se ondas
Em maninhos dedos
Polpas seus cabelos
Resíduos de lar,
Pelos degraus de Laura
A tinta caía
No móvel vazio,
Congregando farpas
Chamando o telefone
Matando baratas
A fúria crescia
Clamando vingança,
Nos degraus de Laura
No quarto das danças
Na rua os meninos
Brincando e Laura
Na sala de espera
Inda o ar educa

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ouro em pó.


Vídeo com a música "Ouro em pó" de Marcelo Bonfá e Fernanda Takai, ele baterista do finado e quase ressurreto Legião Urbana e ela, a voz do Pato Fu.
Essa música foi gravada pelo Marcelo no quase ignorado disco "Barco além do sol" de 2000.
Ele tem uma voz limitada mas a música é bem bonita. Aqui.

Headphones!


Sempre gostei de ouvir música. Ultimamente, aqui na biblioteca, tenho muita coisa no mp3 para os momentos que antecedem o horário de funcionamento.
Enquanto dou uma ajeitada na seção de história da arte, ouço coisas muito variadas e totalmente díspares como Raimundos e Diante do Trono!
Percebo agora como é agradável trabalhar com música! É sempre calmante e inspirador. Pena que, por estar numa biblioteca, não podemos ter uma musiquinha o dia todo.
Imaginem vocês que dia desses, achei na net uma coletânea do Agostinho dos Santos, na minha opinião, o equivalente brasileiro do grande Johnny Mathis(coisas do tempo de papai mas muito boas).
Numa outra vez, ouvia o cd da trilha sonora do seriado "House", aquele do médico maluco e genial.
Tinha coisas muito legais como Elvis Costello, Massive Attack, Joe Cocker, entre outros. Tem coisas que acho que só eu mesmo gosto e misturo: Bjork, Carminho, Imogen Heap, Cristina Branco, a Clara Nunes cantando "Sagarana", Racionais, Shonen Knife(banda feminina de punk rock japonês muito boa!).
Ouvir música, é (perdoem-me o chavão) viajar sem sair do lugar. Só pelos meus headphones posso estar na Califórnia, em Tóquio, Lisboa, Reykjavik ou até mesmo, num barzinho em Joaquim Egídio, numa igreja em São Paulo, em Barbacena ou no Capão Redondo. Posso afirmar que é uma experiência muito gostosa e estimulante.
De vez em quando, vou caminhando de volta do trabalho pra casa e acabo indo parar no Morro da Mangueira ou até em Oslo, em pleno inverno! Outro dia estive na Bulgária e no Mato Grosso no mesmo dia!
É sempre um prazeroso caminhar por lugares novos e interessantes acompanhado de boa música. Recomendo!

Tenho aqui um vídeo de um cara que ouço sempre. Vander Lee, um mineiro "bão dimais da conta".

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Morreu Lena Marrom


Lena Marrom era uma dessas ‘big mamas’ que a gente vê naqueles filmes americanos onde só aparecem negros atuando, sabe? Uma daquelas mulheres que já beiram os sessenta anos, que tem aquela simpatia e o poder de aglutinar a família em torno dela.
Lena era uma dessas pessoas que, quando se vai, acaba fazendo com que aquele grupo familiar se disperse por um tempo. As pessoas ficam meio sem ter razão para se reunir.
Toda gente ao se referir a ela, fala de seu sorriso largo, sua alegria, seu jeito de corpo, sempre balançando ao andar, sua habilidade na cozinha...
Ela se foi e deixou inconsoláveis o Betão Mancha, seu marido e suas duas filhas.
Lembro-me que, a uns vinte e poucos anos, talvez mais, Betão havia saído de um relacionamento tumultuado e andava por aí, errando e errando, meio sem rumo mas decidido a mudar de vida. Numa dessas idas e vindas conheceu a Lena. Mulher de personalidade cativante e gênio forte que não tardou a conquistar o negão. O apelido, dado pelo Betão, brincava com o refrão de uma música dos Fat Boys, um grupo de rap que fazia sucesso naqueles dias. Daí ao casamento foi um pulo.
Pois é, o fato é que, dias atrás, depois de tanto tempo de união, Lena saiu de cena. Seu alegre coração calou-se definitivamente e a nossa vida ficou mais vazia..
Mas a história não para por aqui. Vocês não imaginam o que foram o velório e enterro da Lena Marrom. Uma pessoa como a Lena nunca sai à francesa, sem se deixar notar.
Pessoas que não se viam a muito, parentes que estavam distantes e se encontraram novamente, renovaram laços quase esquecidos.
Um pastor não se continha de alegria por saber que uma filha retornou aos braços do pai de todos nós, uma tia que liderou um daqueles cânticos antigos e dolentes, que chegam a doer de tão bonitos e até um enteado deixando um compungido agradecimento.
Sinceramente, acho que, tirando uns malucos por aí, ninguém gosta de ir a velórios. O ambiente normalmente é pesado, as pessoas estão sempre arrasadas e inconsoláveis. Cemitério é cemitério.
Mas, vejam vocês, o dia estava ensolarado, flores por toda parte, o céu, de um azul raro, havia pessoas cantando e sorrindo com lágrimas nos olhos. Até a própria Lena Marrom parecia ter um leve sorriso enquanto partia para a eterna vida.
Esse clima leve e ameno perdurou pelo resto do dia na casa do Betão onde todos, mais uma vez se reuniram com amor e alegria, como sempre faziam, dessa vez em torno da memória da querida Lena Marrom.

Com carinho para minha prima Lucia Helena, a Lena Marrom.
http://www.youtube.com/watch?v=TSYMKUtNuw8&feature=related

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Nhaca 2


Caiu a tempestade do ano e minha casa sem telhado...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Acho que a gente é que é feliz


Acabo de assistir pela enésima vez o dvd "Nos horizontes do mundo" da Leila Pinheiro. É um show gravado ao vivo no Sesc Pinheiros, em São Paulo, em 2006. Não canso de assistir e descobrir novos detalhes!
Leila Pinheiro é uma das cantoras mais competentes, precisas e criativas que já deram as caras no Brasil. Ela não faz muito alarde mas ddesempenha seu ofício com maestria.
Neste dvd há diversas músicas fantásticas mas tem uma que mexe comigo sobremaneira: "Catavento e girassol"(de Aldir Blanc e Guinga). Essa música me evoca lembranças que julgava perdidas no passado. Fala de duas pessoas que são absurdamente diferentes mas ainda assim, não conseguem viver uma sem a outra.
Belíssima! Na interpretação da Leila Pinheiro então, nem se fala. Coloquei um link pra quem quiser ver/ouvir/conhecer:http://www.youtube.com/watch?v=_ShiqGQp8hQ
O que é muito legal também, é que nos extras, há um clip de uma música que eu não conhecia: "Hoje", uma parceria de Leila e Renato Russo. Dá pra identificar com clareza a "assinatura" do líder da Legião Urbana. A música é ao mesmo tempo bela e singela. Irretocável.
Nessa música há uma frase que fica martelando o tempo todo:
"...acho que a gente é que é feliz...". Não sei porque, ela me lembra demais a Gorete. Talvez diga isso a ela qualquer dia...http://www.youtube.com/watch?v=X0Dm9DDAonQ


segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Nhaca...


Chove.
Chove sem parar. Calor. Umidade por todos os lados. Casa em obras.
Vejam vocês...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Gente fina, elegante e sincera


Cris Linardi! Guardem esse nome!
Não me canso de visitar e surpreender-me com os escritos dessa moça. Trata-se de alguém com um excelente humor, muita inteligência e, como se não bastasse, ainda é uma belíssima cantora!
Palavras sempre interessantes postadas por gente interessante.
Como ela mesma diz: "...São ecos de uma alma inquieta!"
Bendita inquietude!
Vale a pena dar várias olhadas!
Já falei aqui de Tais, Daíse e agora, Cris. O que elas tem em comum? Além do talento, beleza e inteligência?
Será que é aquela "gente fina, elegante e sincera" que o Lulu falou? Com certeza!