quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo

Que esse novo ano venha e seja realmente novo!
Que Deus abençoe a todos os que visitam essas paragens!
A gente se vê em 2010!

Ah, eu estava sem nenhuma ideia e postei um vídeo com cara de ano novo...

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Óculos da poesia


Sob que lente teu olhar se transforma

E se deita triste sobre a métrica ruidosa

De teu preconceito abjeto e iletrado



Atiremos então toda inspiração

Na vala comum dos livros carcomidos

Empoeirados e débeis



Homens esquecidos de obras insípidas

Que mal chegam a aplacar a sede

Incontrolável de palavras, de poesia



Sob que óculos teus olhos repousam

Da busca vã por sentido

Nas linhas tortas escritas a esmo.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Meu jardim

Estas plagas andam meio paradas ultimamente.
Meu belo jardim precisa ser regado. Aqui não é como aí fora. Chove aí fora, chove muito. Aqui, o clima é sempre ameno, embora o jardim deva ser regado. Aí fora, se você não rega, o jardim seca. Aqui, se não rego, o jardim é esquecido. Congelado, deletado, só.
Sintam-se à vontade para caminhar e compartilhar do aroma das flores, o canto dos pássaros enfim, correr alegremente pela relva.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A minha Canção do Exílio


Escrevi este texto numa aula de literatura brasileira. Falávamos sobre a "Canção do exílio", de Gonçalves Dias e as diversas variações feitas a partir do original. Aí pensei, porque não fazer a minha versão? Pretensão, né?
Escrevi. Essa versão não trata exatamente de um exílio mas de uma saudade de um lugar que se perdeu no tempo e só existe na memória do autor.
Falo aí da cidade de Santos dos meus dias de moleque, que por vezes insiste em me assombrar com a doçura de um tempo e um lugar que não voltam mais.

Canção do Exílio 2007

Há um porto, se me lembro,
E não há como esquecer;
Vêem-se gaivotas e fragatas,
Indo rumo ao amanhecer.

Havia um céu negro-azulado,
E coqueiros ao vento amigo,
Sussurrando uma canção;
Tão doce ao pé do ouvido.

E eu que teimei em ser sozinho,
Quanto desgosto encontrei;
Com saudade da minha terra,
De amargura, chorei.

Nos jardins da meninice,
De novo quero brincar;
Ao abraço do vento amigo,
Ter para onde voltar;
E a doce canção marinha,
Eternamente a embalar.

Um dia, eu sei,
Minha canção há de findar,
Antes da nota derradeira;
Esta voz fará soar,
Seu hino de saudade,
Saudade de além do mar.
A foto acima mostra o terminal das 'catraias' que são as barquinhas que fazem o transportes de pessoas entre Santos e Vicente de Carvalho(Guarujá). Fiz essa travessia muitas e muitas vezes quando era menino. Faz muito tempo que não volto lá mas sei que as catraias ainda estão ativas, como antigamente.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Depois da chuva


Tem gente que diz que "chuva não quebra osso", mas a verdade é que, às vezes deixa cicatrizes.
Andei somando algumas ultimamente.
No entanto, como toda chuva, uma hora há de passar, não é mesmo?
Aí, liguei o rádio de manhã e estava tocando essa música:


Menino Deus
Mauro Duarte/Paulo Cesar Pinheiro

Raiou, resplandeceu, iluminou
Na barra do dia o canto do galo ecoou
A flor se abriu
A gota de orvalho brilhou
Quando a manhã surgiu
Dos dedos de nosso senhor
A paz amanheceu sobre o país
E o povo até pensou que já era feliz
Mas foi porque pra tudo mundo pareceu
Que o Menino Deus nasceu

A tristeza se abraçou com a felicidade
Entoando cantos de alegria e liberdade
Parecia um carnaval no meio da cidade
Que me deu vontade de cantar pro meu amor


Raiou, resplandeceu, iluminou
Na barra do dia o canto do galo ecoou
A flor se abriu
A gota de orvalho brilhou
Quando a manhã surgiu
Nos dedos de nosso senhor
A paz amanheceu sobre o país
E o povo até pensou que já era feliz
Mas foi porque pra tudo mundo pareceu
Que o Menino Deus nasceu

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Mas só chove, chove.


Estive xeretando no blog da minha amiga Daíse e vi que, em algum ponto, ela começou a fazer uma retrospectiva. Tenho uma memória péssima pra essas coisas mas se fosse pra fazer no modelo que ela propôs ali(mês a mês), uma coisa eu diria com certeza: o mês de novembro foi de crueldade sem par.
Evidente que estou sendo egoísta com essa afirmação. Estou olhando para meu próprio umbigo. Mas, é isso, este é meu blog, minhas regras! Simples assim!
Novembro foi o mês em que minha casa quase se tornou a filial do reino da Atlântida, minha família ficou muito mais pobre - demos adeus à Helena e ao André - e bem mais triste. Fomos afligidos por tempestades e terremotos e coisas que simplesmente fugiram a nosso controle.
Pensando bem, será que um dia chegamos a ter controle sobre o quer que fosse?
Será que tivemos a pretensão e a arrogância de achar que éramos senhores e donos de nossos destinos?
Esse post tá ficando sério demais...
Mas, francamente, qual de nós já não se equivocou dessa forma? Quem já não pensou: "Eu sou dono e senhor dos meus atos, eu faço meu destino!" Tristeza.
Só sei que tem chovido todos os dias. Cinza em cima de cinza.
Este recanto era pra ser um refúgio, meu quintal ensolarado nos fins de tarde. Mas não. Descobri que não posso evitar que aqui chova também.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Eu tive fora uns dias...


Correrias, obrigações com a faculdade, gatos invasores, crateras teimosas e outras bizarrices me impediram de estar aqui. Acho que logo voltarei às minha atividades blogueiras.
Por enquanto, aí vai o tema...


UNS DIAS
Paralamas do Sucesso

O expresso do oriente
Rasga a noite, passa rente
E leva tanta gente
Que eu até perdi a conta
Eu nem te contei uma novidade, quente
Eu nem te contei
Eu tive fora uns dias
Numa onda diferente
E provei tantas frutas
Que te deixariam tonta
Eu nem te falei
Da vertigem que se sente
Eu nem te falei
Que eu te procurei
Pra me confessar
Eu chorava de amor
E não porque sofria
Mas você chegou já era dia
E não estava sozinha
Eu tive fora uns dias
Eu te odiei uns dias
Eu quis te matar