domingo, 27 de junho de 2010

Janela de Deus


Entre vuvuzelas e jabulanis,
Entre olhares incrédulos e queixos caídos,
Sigo espiando pela janela de Deus...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Lamúrias,lamúrias!


Meus joelhos doem. O tempo lá fora muda a toda hora.
Sentado em frente ao computador esperando a hora de abrir as portas. Dores.
Acordar quinze minutos antes da hora de costume me deixa de mau humor por boa parte do dia.
Aqui é ruim, fora daqui, seria pior. Quem sabe com melhores condições.
Farto das mesmas caras todos os dias. Poderia ser pior.
Gente que finge gostar de mim. Sorrisos falsos, tapinhas nas costas, cínicos.
A única sinceridade está na velhice. Ou na infância.
Pessoas amigas atraiçoam. Ontem era bom, hoje, ódio profundo. E essas dores que não passam.
Deve haver um céu para os injuriados. Lamúrias. E eu que me considerava otimista...
Dedicado para uns, puxa-saco para outros. Antigamente isso me estimulava. Suscitar dúvidas, hoje, bem, hoje me causa dores. Mais do que se imagina.
Quero acreditar que é esse tempo que muda a toda hora e não esse mal que corrói o dia inteiro. Qual o que...
Por vezes, sinto saudade da ignorância. Mas de que adianta chorar?
Meu Deus, como as coisas mudam!
Mudam como esse tempo esquisito. Mais dores.
E essa gente falsa que finge ser sincera. Interesse, maldade, sei lá...
Daqui pra frente, as ladeiras parecem ficar mais íngremes, a caminhada já não é tão fácil.
Deus, o que me tornei?
Um arremedo, que só se lamenta e lambe as próprias feridas? Que passa os dias a sentir pena de si mesmo. Um dia achei que a vida podia e deveria ser mais.
Teria sido ingenuidade? Acreditar que não haveria dor, desgosto e mágoa?
Talvez. Só sei que quando penso nisso tudo, sorrio amarelo.
Então penso que não quero mais as dores, que quero estar com os que realmente me amam, quero andar pela manhã e sentir a brisa fria, ouvir minha música, risos infantis – porque não existe nada mais honesto - , afagar meus cães. Quero vida!
Quero as tempestades matutinas que cavalgam em céus negros, quero o sorriso solar que vem depois de tudo. É, ainda que as dores oprimam, ainda que aqueles falsos permaneçam sorrindo. Ainda que as pedras me façam tropeçar ou que eu tropece em meu próprio orgulho.
Ainda assim, tenho que levantar e caminhar, continuar.
Sempre.




quinta-feira, 17 de junho de 2010

Lugarzinho bacana


As coisas andam meio devagar por essas bandas. E até que acho bom!
Afinal, quem disse que o lugar onde vamos pra relaxar/refletir/pensar deve estar atrelado a nossa neurose por horários, datas ou as obrigações rotineiras?
Não, este é um lugar fora do tempo e até da realidade, fora dos padrões seguidos por quem está interessado apenas em aparecer na rede. Muito pelo contrário, escrevo aqui para desaparecer, para estar um pouco fora de minha rotina.
Confesso que, em certas ocasiões isso se torna bem difícil. É complicado passar ao largo de coisas que impactam tão profundamente pra que apenas sejam ignoradas.
Não tenho a pretensão de ser um escritor contumaz como a querida Daíse ou me tornar um profissional como a "poderosa" Cris Linardi.
Este é lugar onde posso apenas ser eu, ou uma faceta de mim. Onde alguns pensamentos tomam forma. O cara que gosta de escrever e fazer amigos(coisa difícil nos dias que correm!). O cara que gosta muito de dar risada e ser educado com os outros.
Enquanto eu estiver por aqui, todos que chegarem serão muito bem recebidos.Fiquem o tempo que quiserem e sintam a grama sob os pés, o ar frio da manhã e os raios generosos do sol.
Voltem sempre!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Lua e estrela

Há uma noite linda lá fora!
Parece haver a bandeira da Turquia no céu!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Little Miss Higgins - Me And My Gin

Adorei esse vídeo!
Quase me esqueci como uma boa guitarra é muito legal!
Não conheço a cantora mas vale a pena dar uma olhada.

Alfonsina y el mar

Aproximou-se silenciosamente da alta escarpa. Contemplou demoradamente as águas que pareciam quebrar preguiçosamente nas pedras negras. O vento a cortava como se um estilete tivesse mas ela apenas espremia os lábios finos e ressecados em ferrenha oposição.
Os cabelos insistiam em cobrir sua visão como se quisessem poupá-la do sofrimento causado pela carícia gélida vinda do mar. Seus olhos lacrimejavam e era difícil dizer se pelo frio ou pela tristeza.
Estava sozinha. Mais do que nunca, só.
Não contava a ninguém que angústias iam dentro de si, não falaria, talvez escrevesse. Talvez. Escrever era sua vida, embora mesmo isso agora lhe parecesse difícil.
O sol nascera e estendia seus dedos luminosos sobre as rochas escurecidas e limosas. Pássaros marinhos faziam sua ronda.
As vagas quebravam se sombra de dó e a chamavam:
"Alfonsina, Alfonsina!"
Ela com a alma sensível, comum aos poetas, ouviu.
E, pela última vez, mirou o céu azul e frio.
Entregou-se ao abraço gélido das profundezas marinhas.

Alfonsina Storni foi uma poetisa de origem argentina que suicidou-se andando em diração ao mar em 1938 aos 46 anos.
Seu trágico destino foi registrado na canção "Alfonsina y el mar", gravada por inúmeros intérpretes mas imortalizada pela grande Mercedes Sosa.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Apenas mais uma de amor

Muitas vezes, algumas verdades devem permancer trancadas no fundo de gavetas em nossa mente. E o melhor é que fiquem como estão.