segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A bossa dos olhos verdes

A bossa do olhos verdes


Engraçado que ainda me lembre. Vejo você entre a multidão que caminha na contramão.
Busco seus olhos verdes em cada olhar que cruza o meu.
Ando sem paradeiro no entardecer e a encontro, ao acaso, olhando as vitrines que passam.
Sinto o bater descompassado qual o “desafinado” do Tom.
Só por causa desses olhos verdes que não me deixam mentir enquanto você sorri sem jeito.
Que fazer se seu andar gracioso dedilha as cordas do meu violão num samba-canção a beira mar. Sempre no ritmo, sempre no ritmo. Sabe aquelas ondas? Pois é.
Você não é como aquela outra, não levou meu sorriso, santos e discos nem estava lá nos meus vinte anos. Sorrio sem vontade.
Então você se afasta enquanto o sol se põe devagar.
Amanhã?

Amanhã é outro dia.

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