sexta-feira, 28 de maio de 2010

Eu e o vinho


Essa é uma noite daquelas em que acabo de saborear um bom vinho, uma boa massa e agora desfruto de uma cabeça leve e dedos ligeiramente descordenados.isso me traz á consciência que devo ter tido bem mais vinho do que massa.
Devo dizer que, escrever nessas circunstâncias é algo temeroso mas ao mesmo tempo um prazer.
Faço isso com ssatisfação pois, apesar de não depender do álcool para que minhas ideias aflorem, confesso que minha cabeça zonza as faz fluir com uma facilidade rara.
Acabo de lutar tenazmente com uma rolha impedernida e a venci por pouca margem a custa de uma camisa branca manchada de pelo líquido tinto.
Informações que recebi durante o dia voltam vigorosas sem minha permissão e, mesmo assim, deixo que venham.
Lembro de uma conversa estendida por boa parte da manhã com uma jovem mulher que me contava sobre as mudanças trazidas pela chegada da vida adulta, ou de ouvir um sermão de minha flor por demorar a chegar, lembro-me dos olhos de ressaca( e isso não é algo novo), de uma boa amiga, algo magoada ao iniciar o dia.
Engraçado perceber como minha digitação nesse momento é errática mas muito mais ágil e desenvolva. É fácil perder as rédeas do juízo e deixar que os dedos falem antes da razão.
O vinho é bom e saboroso mas ao mesmomo tempo, perigoso uma vez que destrava as amarras da discrição, (entenda-se a língua)e potencializa os defeitos já mal disfarçados.
E agora assalta-me o receio de possa ter dito algo que não devia mas, ao mesmo tempo o prazer por ter ficado diante do teclado do computador sem freios, prúridos ou restrições.
Dito isto, confesso: A jovem mulher era bela e me fez lembrar do homem que um dia fui e às vezes acho ainda sou.
Minha flor me exasperou mas ainda assim, me fez lembrar que a vida sem ela não vale a pena. E que, os olhos mal dormidos de minha amiga, a tornam ainda mais bonita.

Nenhum comentário:

Postar um comentário